O dólar até desacelerou a alta depois de dois leilões especiais promovidos pelo Banco Central no mercado à vista, mas ainda assim terminou com folga em nova máxima recorde nesta terça-feira, após disparar ao longo do pregão a quase R$ 4,28 e terminar em novo pico histórico também para o intraday.
A onda de compra da moeda foi deflagrada após declarações dadas na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, indicando que o dólar alto veio para ficar.
A força da moeda, entretanto, também teve como respaldo a percepção de que o Banco Central estava hesitando em atuar no mercado cambial, o que forçou duas intervenções da autoridade monetária no mercado à vista.
No mercado interbancário, nas quais operações se encerram às 17h, o dólar terminou em alta de 0,59%, a R$ 4,2398 na venda, mais de 2 centavos acima da máxima anterior — de R$ 4,2150 na venda, marcada na véspera.
Durante os negócios, a cotação cravou R$ 4,2785 na venda. Na compra, a moeda foi a R$ 4,2770, superando com folga a taxa de R$ 4,2482 na compra alcançada em 24 de setembro de 2015, quando os mercados domésticos sofriam com forte volatilidade logo após de a S&P retirar do Brasil o grau de investimento.
Na B3, em que as operações vão até as 18h15, o contrato de dólar mais negociado subia 0,27%, a R$ 4,2400, após máxima de R$ 4,2775.
Fonte: Terra
Imagem: IStock